Em primeiro lugar você deve ter em mente que é sempre em condições normais de operação e a falha deve ser simples. Falha dupla, somente deve ser considerada quando houver a possibilidade de uma perda de contenção significativa.
Em partida e parada a pergunta que inicia esta fase é a seguinte “ Existe algo diferente em partidas e paradas de tudo que foi discutido até o momento? Sendo assim, restarão somente ações específicas que realmente são importantes de serem analisadas. Vou exemplificar uma condição de parada de uma empresa, a qual após a finalização da batelada, abre o reator e realiza o hidrojato. No mínimo, tem-se que questionar a real necessidade desta limpeza, pois este procedimento leva a abertura do reator e isto leva a uma perda de contenção, visto que gases inflamáveis ou asfixiantes serão liberados mesmo que uma lavagem com água seja realizada. Existem empresas que fervem com vapor e água, mas mesmo assim haverá por mínima que seja uma possibilidade de perda de contenção e depois dever-se-á entrar no equipamento para limpeza, não esqueça, raqueteado! Mas, voltamos ao nosso hidrojato, este meio de limpeza é muito efetivo, mas gerador de estática, logo deverá estar muito bem aterrado antes de inicia-lo. Não esqueça de realizar a medição de explosividade e teor de O2 em todo equipamento. A ventilação e o procedimento de espaço confinado deverão estar bem definidos.
Gosto de tratar destes assuntos durante a sessão de Hazop pra avaliar a cultura da empresa e sentir a importância que as pessoas dedicam à segurança. Quando existe a necessidade de entrar em um equipamento eu pergunto para as pessoas se elas deixariam os seus filhos entrarem nos equipamentos liberados na sua fábrica, momento sempre de olhares pensativos. Em ocorrendo a perda de contenção, a quantidade deve ser definida e uma análise de dispersão poderá ser necessária para averiguar o dano à pessoas e meio ambiente.
Definir conforme IEC61508/511 o SIL envolvido e proteja adequadamente. Na próxima postagem falaremos de Falha de utilidades.
